O Coach é uma metodologia poderosa que vem ocupando espaço de maneira significativa no mercado de trabalho, contribuindo para o aprofundamento do autoconhecimento das pessoas e para o alcance de objetivos pessoais e profissionais. Utiliza dos mais variados conhecimentos das áreas de administração, psicologia, recursos humanos, neuro-linguistica, e gestão estratégica da qualidade, entre outros. Uma das ferramentas mais interessantes das quais utiliza é a Árvore ou Teia da Vida, que tem por objetivo identificar o Centro de Vida das pessoas. O Centro de Vida pode ser entendido como o conjunto de valores que norteiam a vida de um ser humano e podem ser agrupados em 11 tipos fundamentais: família, cônjuge, trabalho, dinheiro, bens, religião, espiritualidade, social, prazer, inimigo e saúde. Vejamos como isto afeta a vida das pessoas.
Centro de Vida Família: aqui estão centradas as pessoas que têm a família como seu principal valor e não abrem mão disto por motivo nenhum. A família é o centro do seu universo; todas as suas decisões são tomadas tendo como premissa fundamental o bem estar familiar.
Centro de Vida Cônjuge: neste modelo, o outro ou a outra é que ditam todas as normas de sua conduta, é o verdadeiro “camisolão”. “Vô não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não”… A letra deste conhecido forró exemplifica bem este caso. Já vivenciei situações em que profissionais perdem excelentes oportunidades de trabalho e crescimento profissional por que a esposa simplesmente, sem maiores justificativas, não quis abrir mão de morar em um grande centro para morar em uma pequena cidade do interior.
Centro de Vida Trabalho: aqui está o “workaholic”, o smartphone e mais recentemente o “tablet” é seu companheiro inseparável. O trabalho é tudo para ele, desconectado da empresa ele não é nada! Trabalha de 12 a 16 horas todos os dias, dorme conectado e nos finais de semana ainda dá uma passada na empresa para ver como está. Conheci um profissional que trabalhou mais de quarenta anos dentro de uma mesma empresa, em um mesmo cargo. Estava em vias de se aposentar e entrou em crise, por que não sabia mais viver fora da empresa…
Centro de Vida Dinheiro: este é o Tio Patinhas, o dinheiro está sempre em primeiro lugar. Para conseguir aumentar seu capital, ele negocia até a mãe. As oscilações da bolsa de valores e a queda da conta bancária o deixa desesperado, levando em casos extremos até ao suicídio.
Centro de Vida Bens: para este indivíduo, o que importa realmente é possuir bens. Todo ano ele quer trocar de carro e aparecer sempre com o último modelo, todo polido e lustrado, para desfilar pela praça. Se o vizinho compra uma TV de LCD de 36”, ele imediatamente compra uma de 72”, e assim vai. Detalhe é que às vezes nem tem dinheiro para fazer o que faz…
Centro de Vida Religião: de uma maneira extremada, aqui estão os beatos e as beatas “papa-hóstias” e os fanáticos religiosos. Para eles, o ritual é tudo; no seu farisaísmo exacerbado, esquecem até de Deus! Sendo católico, se perder uma missa do domingo, já pensa que vai para o inferno, se o Padre ou o Pastor falou, vira lei irrefutável, por pior que seja a bobagem…
Centro de Vida Espiritualidade: aqui estão os eremitas, os monges e monjas que vivem reclusos e outros que estabelecem como princípio de vida sua relação direta com Deus e dedicam-se à eterna oração e contemplação. Embora este centro de vida possa ser confundido com o Centro de Vida Religião, ele vai bem mais a fundo, os rituais já não são mais tão importantes.
Centro de Vida Social: para este tipo o mais importante na vida é estar inserido na “society” e aparecer nas colunas sociais. Sempre bem vestido, está em todas as festas e gosta de ficar sempre ao lado de pessoas importantes. Quando aparece um fotógrafo, acha sempre um jeitinho de aparecer na foto com um sorriso largo. O importante é a imagem que ele passa e acaba sofrendo muito por causa da opinião dos outros.
Centro de Vida Prazer: aqui o negócio é curtir a vida, é o verdadeiro “bon-vivant”. O universo é sinestésico! Adora comer bem e beber bem (às vezes até extrapola, passando ao vício), dormir bem, passear, enfim divertir-se! O mundo é um grande salão de festas!
Centro de Vida no Inimigo: para estas pessoas, o mundo é mal e uma eterna ameaça. Como dizia Thomas Hobbes “o homem é lobo do homem”, portanto é preciso sempre estar preparado. O livro máximo é “A arte da guerra”, o melhor pensamento “A melhor defesa, é o ataque!”.
Centro de Vida Saúde: aqui podemos enquadrar dois tipos de indivíduos. No primeiro tipo estão os aficionados com o corpo e com a beleza: “saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!”. “Barrigas de tanquinho” que vivem nas academias, top-models, vegetarianos fanáticos são um bom exemplo. No segundo tipo, estão aqueles que, infelizmente, por força do destino, são vítimas de doenças crônicas ou degenerativas e são obrigados a viver na dependência de tratamentos médicos e medicamentos.
Não existe Centro de Vida bom ou ruim, as pessoas são o que são. O risco maior são os extremos, o fanatismo descontrolado. De uma maneira geral, ninguém está cem por cento enquadrado em qualquer um destes Centros de Vida, na verdade todo ser humano tem um pouco de cada um e, na maioria das vezes, um deles se sobressai como predominante. O Coach nos leva a uma profunda reflexão interna e induz as seguintes perguntas: Qual o meu Centro de Vida predominante? Como eu me sinto com relação a isto? Será que preciso ou gostaria de mudar? Em qual destes Centros de Vida eu devo atuar no momento para alavancar o alcance do meu objetivo? Este é um dos caminhos do Coach; se você quiser se aprofundar, é só nos contatar. Vai em frente…